A insatisfação no ambiente corporativo tem gerado um movimento inédito no mercado de trabalho: a “demissão por vingança”. Esse fenômeno, especialmente presente entre os profissionais da geração Z, surge como uma resposta direta à falta de reconhecimento, ao burnout e à desconexão com a cultura organizacional. Madalena Feliciano, empresária e especialista em gestão de carreira, explica as causas e consequências dessa tendência que está redesenhando as relações entre empresas e colaboradores.
De acordo com Madalena, a “demissão por vingança” vai além de uma simples decisão de sair da empresa. “Trata-se de uma forma de protesto, em que o profissional opta por se desligar não apenas para buscar melhores oportunidades, mas também para sinalizar que a organização falhou em atender às suas necessidades básicas, como reconhecimento, respeito e equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, afirma.
A geração Z, conhecida por seu perfil engajado e por priorizar valores como flexibilidade e bem-estar, tem liderado as taxas de desligamento no Brasil. “Eles cresceram em um mundo mais conectado e com maior acesso a informações sobre boas práticas corporativas. Portanto, não aceitam ambientes que não correspondem às suas expectativas de desenvolvimento e qualidade de vida”, destaca Madalena.
Outro fator impulsionador desse movimento é o aumento do burnout entre profissionais de diferentes setores. Madalena aponta que o esgotamento emocional é uma consequência direta de culturas organizacionais tóxicas ou altamente demandantes. “Quando não há suporte adequado ou reconhecimento pelas contribuições, os profissionais não apenas se desconectam da organização, mas passam a sentir que sua saída é uma forma de retaliação”, explica.
Previsão para 2025: O auge do fenômeno
Especialistas estimam que a “demissão por vingança” atingirá seu pico em 2025, quando o mercado de trabalho estiver mais fortalecido e os profissionais tiverem maior poder de decisão. “Com mais oportunidades no mercado e maior poder de negociação, os talentos irão preferir empresas que realmente valorizem suas contribuições e ofereçam condições de trabalho alinhadas às suas expectativas pessoais”, projeta Madalena.
Para as organizações, essa tendência representa um alerta. Empresas que resistem à flexibilidade ou ignoram as demandas de seus colaboradores estão sob maior risco de perder talentos para concorrentes mais adaptados às mudanças do ambiente corporativo. “Flexibilidade, comunicação aberta e um ambiente inclusivo não são mais diferenciais, mas requisitos básicos para a retenção de talentos”, reforça Madalena.
Como evitar a desconexão e o desligamento por vingança
Para Madalena Feliciano, a solução passa por um novo olhar sobre a gestão de pessoas. “É essencial que as empresas invistam em programas de desenvolvimento humano, criem canais de escuta ativa e reconheçam os esforços dos colaboradores de forma clara e consistente. Essas ações não apenas melhoram o engajamento, mas também promovem um ambiente mais saudável e produtivo”, orienta.
Conclusão
A “demissão por vingança” não é apenas um reflexo das frustrações individuais, mas um sintoma de transformações mais amplas no mercado de trabalho. Empresas que insistirem em modelos inflexíveis e desconectados das expectativas dos profissionais correm o risco de perder talentos valiosos e comprometer sua sustentabilidade a longo prazo.
Como Madalena Feliciano conclui, “o sucesso de uma organização está intrinsecamente ligado ao bem-estar e à satisfação de seus colaboradores. Investir em uma cultura corporativa que valorize a individualidade, ofereça suporte emocional e reconheça o esforço de cada profissional não é apenas uma estratégia, mas uma necessidade para prosperar no futuro”.
Mais Sobre Madalena Feliciano:
Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.
Rodrigo Fioratti 11947535327 [email protected]